quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Texto 2 – Resumo “Argumentação, comunicação e criação de uma comunidade argumentativa universal”

A lógica moderna, aborda a reflexão do raciocínio matemático e os sistemas formais que não se adequam na evidência racional.

O lógico é livre de elaborar o sistema, que ele próprio construiu.

Ele é que decide quais são as axiomas (as expressões consideradas sem prova como válidas) e enuncia as regras de transformação que ele introduz e que permita deduzir as expressões válidas, outras expressões igualmente válidas.

Existe apenas uma obrigação e consiste na imposição do construtor nos sistemas axiomáticos à escolha de signos e regras para evitar dúvidas e ambiguidades.

Num discurso, quando é necessário argumentar e influenciar um auditório, em certas teses, não é possível desprezá-las pois o próprio Perelman, considera como irrelevantes, logo a argumentação perde o seu efeito e objectivo.

Pois toda a argumentação visa a adesão dos espíritos e supõe-se a existência de um contacto intelectual.

Assim na argumentação é necessário que uma comunidade efectiva realize. Mas anteriormente existe um acordo, e uma formação de uma comunidade intelectual.

A fromação de uma comunidade efectiva de espíritos exige um conjunto de condições.

Na argumentação a existência de uma linguagem comum, permite a comunicação (consiste numa técnica).

A formação da comunidade efectiva pelos vistos não é suficiente logo existe regras, isto é, um acordo prévio resultante das próprias normas da vida social, como por exemplo: “funções que determinem que alguém deve responder em vez do outro.”

Perelman, Traité de l’argumentation. pp.17-20

Texto 1 – Resumo “Argumentação e racionalidade”

O domínio da argumentação é provável pois escapa às certezas de cálculo.

A concepção de Descartes no Discurso do Método afirmava “assumir por falso tudo o que só era verosímil” evidenciando a marca da razão através de ideias claras e distintas com a ajuda de provas apodícticas, e a evidência dos axiomas a todos os teoremas.

A ciência racional não se contenta com opiniões prováveis, mas sim elabora um sistema de proposições impondo a todos os seres racionais e o acordo logo é inevitável. Tendo como resultado um desacordo um “erro”.

“Todas as vezes que dois homens enunciam sobre a mesma coisa dois juízos contrários, é certo, diz Descartes, que um dos dois se engana”.

Inspirou-se no ideal de Descartes mas nas provas Aristóteles classificou como analíticas e impôs-se desde há um século.

A lógica limitou-se à lógica formal, isto é, ao estudo dos meios de prova utilizados nas ciências matemáticas.

A evolução da lógica e os seus progressos, permite-nos concluir que a razão interage com sucesso em casos de evidência e factos e não quando se trata de ocorrências argumentativas.